Estudo de caso: Vaza Jato 2

No primeiro estudo de caso da Vaza Jato, investigamos quais os argumentos jurídicos para o trabalho desenvolvido pelo site Intercept Brasil.
Nesse segundo estudo de caso, avaliamos os procedimentos de checagem – a checagem é uma das coisas básicas do jornalismo. Não importa de onde venha a informação, de assessoria, de boato, de um testemunho ou de um vazamento. É necessário checar para saber se a informação tem correspondência com a realidade.

O texto analisado dessa vez foi publicado no dia 14 de Junho de 2019 e se refere a coisas que aconteceram em Maio de 2017 – no caso bem sucintamente: a pressão feita pelo então juiz Sṕergio MOro sobre o Ministério Público Federal para plantar a leitura, na imprensa, de que o ex-presidente Lula falou de forma contraditório.
Não cabe aqui avaliar se o ex-presidente Lula realmente foi contraditório ou não, mas observar a relação promíscua entre o juiz e os acusadores. Esse é o elemento de interesse público e que ameaça qualquer cidadão em não ter julgamentos justos.
As mensagem recebidas indicam diálogos nos quais o ex-juiz solicita o envio de mensagens aos meios de comunicação (e a resistência dos assessores do PF em fazê-lo). O que se infere é que a principal forma de verificação disso foi ver onde tais notícias foram publicadas a parit da dat em que, nas mensagens vazadas, há a troca de mensagens entre juiz e procuradores.
Esse é o release que, à contragosto, a assessoria do MPF produziu. E esses são alguns dos lugares em que essas informações repercutiram. Abaixo, uma coluna da Joven Pan.
A verificação, nesses casos, envolveu identificar se havia realmente matérias produzidas nas datas indicadas nas mensagens vazadas em dias próximos ao que era indicado nos vazamentos.